Elas gostam, eles mais ainda. Para muitas mulheres, o sexo oral só entra em ação quando há mais intimidade com o parceiro.
Conforme a sintonia entre ambos, também vira uma ótima première antes da penetração, não?
Estudos comprovam que os casais usam e abusam da prática. Em um deles, feito pelo Projeto de Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, 66,8% dos homens e 63,4% das mulheres admitem realizar a modalidade, mesmo com todos os tabus em torno dessa prática. O primeiro deles, principalmente no início da intimidade, é sentir um certo desconforto na hora de fazer algumas carícias com a boca, ou mesmo recebê-las.
Para a publicitária Daniela Ferreira, de 24 anos, o sexo oral faz parte de toda libido que envolve qualquer relacionamento. "Eu nunca senti nojo, nem na primeira vez. Acho que isso tem muito a ver com a pessoa estar a vontade para sentir, se entregar ao momento. Se tiver com tesão, acontece", opina.
Com Sandra Santos, de 27 anos, pudores e tabus não fazem parte da sua mente quando o assunto é sexo oral. Sem nenhum receio de dar ou receber, ela solta o verbo. "No começo eu tinha nojo sim, mas depois que percebi o poder dele, resolvi literalmente cair de boca!", brinca.
A colega de profissão, Cintia Gomes, de 26 anos, também era mais reservada antes de conhecer a fundo as delícias do prazer pela boca, experiência que aconteceu com o seu primeiro namorado.
Quando perguntadas se é melhor dar ou receber, Daniela responde logo de cara. "Gosto de ambos. Fazer sexo oral em um homem que está com você é muito bom. Que mulher não quer ter a sensação de estar no comando, de dar prazer? Da mesma forma é receber, você sente ali no movimento dos lábios, o quanto é desejada. Sexo oral, pelo menos para mim, é muito melhor que uma rapidinha. Tem que ser intenso, sem pressa".
Cintia revela neste mais de dois anos de relacionamento, o namorado costuma dar algumas pistas para o caminho da felicidade. Em sua opinião, a cumplicidade quando o assunto é sexualidade ajuda muito a melhorar a qualidade das relações.
"Gostava e gosto quando ele me mostra o que fazer, afinal, a gente nunca começa a namorar uma pessoa a conhecendo bem. É importante ter essa liberdade e conversar sobre as preferências na cama", comenta a publicitária que diz nunca ter arriscado a transa com a boca no primeiro encontro. "Acredito que é uma questão de respeito. Até agora não arrisquei, pois precisa ter muita intimidade", acrescenta. Para Sandra, sexo oral é prêmio. "Não é para fazer em qualquer um. É para fazer em quem você já conhece e confia", completa.
Mesmo porque, na maioria das vezes, os casais não incluem a camisinha na prática. Segundo especialistas de cada 10 pacientes, apenas 03 utilizam o preservativo no pênis dos seus parceiros antes das relações - um risco à saúde de ambos, segundo a sexóloga Carla Cecarello. "Homens e mulheres precisam manter as suas consultas de rotina e exames". Através do sexo oral há três formas de transmissão de doenças, por contato (HPV e herpes), secreções (gonorréia) ou sangüínea (HIV, hepatite B, hepatite C e sífilis).
"Não acho que aquela história de "chupar bala com papel" é verdade, mas o gosto da camisinha é muito ruim. Se você namora há bastante tempo e ambos se cuidam, sem problemas", opina Cintia. Segundo o Grupo Pela Vida/SP (Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids), o perigo é maior para quem realiza o sexo oral, isto é, aquele que coloca a boca na região genital do outro, pois o esperma, o fluido vaginal ou o sangue menstrual poderão entrar em contato direto com a parte interna da boca, que freqüentemente tem lesões.
O gosto do prazer
O famoso 69 é uma das posições bastante citadas pela mulherada. E durante esta e outras formas, cada mulher tem o seu segredinho para agradar ao parceiro. "Mas não precisa ficar empurrando a cabeça. Um namorado meu tentou e eu mordi o pênis dele. Deve ter doído porque ele ficou bem carinhoso depois do episódio", brinca Sandra.
Daniela ensina que cada homem tem suas preferências e também precisa entrar no clima. "Nada de querer abocanhar o garotão. Coisas legais do que já fiz: chupar gelo antes e durante o sexo oral, passar gelo nas virilhas do parceiro e chantilly no pênis para dar aquela lambidinha".
E quando o assunto engolir o esperma do parceiro, todas aprovam a prática. Sandra revela que até prefere. "O pênis fica muito sensível e se a mulher ficar com a boca nele vai prolongar a sensação de prazer, o que praticamente significa que ele vai prolongar a sua". Já Cintia diz ter agonia de sentir a ejaculação dentro da própria boca, mas se o namorado pede, ela faz. "Na primeira vez senti nojo, depois comecei a engolir de uma vez para não sentir o gosto, em alguns homens é bom, doce, em outros é amargo horrível", opina.
Além de ter várias técnicas para agradar aos homens, ela também cita as suas preferências, sem pudores. "Sabe aquela linguinha nervosa que, às vezes, ele usa no beijo de língua? Então, no sexo oral é super válido. O bacana do sexo oral é que ele não começa no ato da língua na vagina. Ainda vestida, acontece aquela ‘encoxadinha’, ‘esfregadinha’. Gosto de toque, beijinho, mordiscadas, lambidinhas, até vale gel comestível na hora do gato colocar a língua". Para quem ficou empolgada, mais uma dica, desta vez dez "expert", a personal trainer Fatima Morah indica um truque para a posição 69, ou união do corvo, como é chamada no Kama Sutra. "Aumente o prazer dele variando a ação da língua e lábios. Para controlar a entrada do pênis em sua boca, enlace-o com ambas as mãos antes de o beijar, lamber ou chupar. A glande é a parte mais sensível do pênis", completa.
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